O ministro do Interior e da Justiça venezuelano, Diosdado Cabello, apelou aos militares para que deem respostas também "imediatas" "àqueles que querem procurar a violência como forma de tomar o poder político", bem como aos que "querem assumir os recursos" daquele país petrolífero.
O mesmo responsável referiu que há "inimigos" que "apelam à violência" e que cometeram "atos terroristas" contra "o seu próprio povo", sem, contudo, especificar a quem se referia.
Por isso, indicou que o objetivo é "garantir que o país continue livre, soberano e independente".
"Vocês sabem, queridos colegas, que a Venezuela está sitiada. O nosso país recebe ameaças todos os dias daqueles que se querem apoderar de recursos", disse o governante, num evento em Caracas por ocasião do "destacamento operacional" das Unidades de Reação Rápida (URRA), das FANB.
Durante a cerimónia, transmitida pelo canal estatal VTV, o Governo entregou veículos para, como explicou Cabello, "garantir mobilidade" e "resposta imediata".
Cabello destacou a entrega a "unidades que estão" na Guiana Esequiba -- em referência ao território em disputa com a Guiana --, com o objetivo de "garantir, em todo o território nacional, a resposta imediata quando for necessário".
Segundo a FANB, cerca de vinte Unidades de Reação Rápida foram implantadas em todo o país para "proteger a paz" e durante o evento foram entregues "veículos tácticos para garantir a mobilidade" de 2.400 militares.
Esta operação é realizada num momento em que o país atravessa uma crise política depois de o Presidente, Nicolás Maduro, ter sido proclamado vencedor das eleições de julho passado, resultado questionado por grande parte da comunidade internacional e apontado como fraudulento pela oposição maioritária, que reivindica a vitória do seu líder, Edmundo González Urrutia.
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