Governo da Venezuela pede ao Exército resposta "contundente" aos inimigos

O Governo da Venezuela pediu hoje aos membros das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) que respondam de forma "contundente" aos "inimigos" que estão dentro e fora do país, que recebe "ameaças todos os dias".

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© JUAN BARRETO/AFP via Getty Images

Lusa
14/12/2024 21:12 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

O ministro do Interior e da Justiça venezuelano, Diosdado Cabello, apelou aos militares para que deem respostas também "imediatas" "àqueles que querem procurar a violência como forma de tomar o poder político", bem como aos que "querem assumir os recursos" daquele país petrolífero.

 

O mesmo responsável referiu que há "inimigos" que "apelam à violência" e que cometeram "atos terroristas" contra "o seu próprio povo", sem, contudo, especificar a quem se referia.

Por isso, indicou que o objetivo é "garantir que o país continue livre, soberano e independente".

"Vocês sabem, queridos colegas, que a Venezuela está sitiada. O nosso país recebe ameaças todos os dias daqueles que se querem apoderar de recursos", disse o governante, num evento em Caracas por ocasião do "destacamento operacional" das Unidades de Reação Rápida (URRA), das FANB.

Durante a cerimónia, transmitida pelo canal estatal VTV, o Governo entregou veículos para, como explicou Cabello, "garantir mobilidade" e "resposta imediata".

Cabello destacou a entrega a "unidades que estão" na Guiana Esequiba -- em referência ao território em disputa com a Guiana --, com o objetivo de "garantir, em todo o território nacional, a resposta imediata quando for necessário".

Segundo a FANB, cerca de vinte Unidades de Reação Rápida foram implantadas em todo o país para "proteger a paz" e durante o evento foram entregues "veículos tácticos para garantir a mobilidade" de 2.400 militares.

Esta operação é realizada num momento em que o país atravessa uma crise política depois de o Presidente, Nicolás Maduro, ter sido proclamado vencedor das eleições de julho passado, resultado questionado por grande parte da comunidade internacional e apontado como fraudulento pela oposição maioritária, que reivindica a vitória do seu líder, Edmundo González Urrutia.

Leia Também: Homem detido após eleições na Venezuela morre na prisão. É o segundo

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