Israel investe mais de 10 milhões para duplicar colonatos nos Montes Golã

O Governo de Israel aprovou este domingo, por unanimidade, um plano de investimento de mais de dez milhões de euros em educação e energia, entre outras áreas, para duplicar a população nos colonatos israelitas nos Montes Golã, ocupados à Síria.

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Lusa
15/12/2024 16:39 ‧ há 2 horas por Lusa

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Médio Oriente

O Governo aprovou por unanimidade o plano do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para promover o crescimento populacional nos Montes Golã e Katsrin, de mais de 40 milhões de shekels (mais de 10,5 milhões de euros, no câmbio atual)", informou o gabinete do líder israelita, em comunicado citado pela EFE.

 

A decisão do Governo surge numa altura em que as tropas israelitas ocupam novos territórios em zonas dos Golã controladas pela Síria, sob o pretexto de evitar possíveis ameaças islâmicas, após a queda do regime do Presidente Bashar al-Assad, há uma semana.

"Fortalecer os Montes Golã é fortalecer o Estado de Israel e é especialmente importante neste momento. Continuaremos a agarrar-nos a eles, a fazê-los florescer e a colonizá-los", afirmou Netanyahu, na mesma nota.

A medida, aprovada pelo Governo como uma alteração a um plano de desenvolvimento implementado há anos, visa aumentar o número de colonos israelitas nos trinta colonatos da zona, onde já vivem mais de 25.000 judeus, segundo os números mais recentes.

Adicionalmente, prevê a criação de uma aldeia estudantil e inclui planos de desenvolvimento urbano que vão ajudar o Conselho Regional dos Golã a "absorver novos residentes".

No final de 2021, o efémero Governo de Naftali Bennet, do partido Nova Direita, tinha aprovado um plano especial de desenvolvimento, com o objetivo de duplicar a população israelita nos Golã, num período de cinco anos.

Após a queda do regime de Bashar al-Assad, tanques israelitas têm percorrido a zona desmilitarizada no sul da Síria, confiscando armas e atacando "objetivos militares", numa operação que as autoridades descrevem como "limitada e temporária", apesar de muitas vozes na comunidade internacional, incluindo a ONU, considerarem que se trata de uma violação da soberania síria.

Segundo dados das instituições israelitas, vivem nos Montes Golã ocupados cerca de 40.000 pessoas, incluindo drusos, uma minoria muçulmana alauita, e árabes de origem síria, que, historicamente, rejeitam a cidadania israelita (um fenómeno cada vez menos comum entre as novas gerações).

Leia Também: "Extrema política anti-israelita". Israel fecha embaixada na Irlanda

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