"Esta noite falei com Costa sobre os últimos acontecimentos na Geórgia. Salientei que a única saída pacífica para a crise é política: através de novas eleições! Costa garantiu-me que a UE continuará a apoiar o povo georgiano e o seu futuro europeu", afirmou Salome Zurabishvili, na rede social X, no domingo.
Na sexta-feira, o político leal ao governo Mikhail Kavelashvili foi eleito presidente da Geórgia, durante uma votação no parlamento que foi boicotada pela oposição, indicou a Comissão Eleitoral Central da república caucasiana.
A oposição georgiana, que recebeu o apoio de Zurabishvili, confrontou o Governo de Irakli Kobajidze com manifestações de rua em protesto contra as eleições legislativas, alegando fraude.
A presidente, no cargo desde 2018, anunciou que se vai manter no poder depois de ter declarado ilegítima a votação para o novo presidente, que foi boicotada pela oposição, em protestos diários, em Tbilissi, desde que o Governo congelou as negociações de adesão à UE em 28 de novembro.
As conversações ocorrem na véspera de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas, que inclui a candidatura da Geórgia à adesão à UE e a cooperação no âmbito da Parceria Oriental. A invasão russa da Ucrânia e a situação no Médio Oriente, nomeadamente na Síria e no Líbano, também serão debatidas.
Único candidato, Kavelashvili tornou-se no sexto presidente na história da Geórgia desde a independência da União Soviética em 1991.
As autoridades modificaram o mecanismo de eleição do presidente, que pela primeira vez não resultou de sufrágio universal, mas de uma votação colegial de 150 deputados e 150 delegados municipais.
O Governo tinha todas as hipóteses de ganhar, uma vez que domina o parlamento nacional e as assembleias locais. Para ser eleito, Kavelashvili precisava de 200 votos.
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