Uma investigação do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês) concluiu que os pilotos tiveram culpa no voo da Hawaiian Airlines, que viajava de Phoenix com destino a Honolulu, no qual dezenas de pessoas ficaram feridas devido à forte turbulência.
O relatório final do NTSB, citado pela CNN, descreve que, perto do momento de aterragem, uma "nuvem" de mau tempo surgiu à frente dos pilotos. Os passageiros sentiram uma "sacudidela forte" e, posteriormente, uma sensação de "queda livre".
Diversos objetos, como telefones e garrafas, "flutuaram" à volta dos passageiros e ocorreram "duas pancadas fortes".
O documento indica que o comandante foi informado de uma "potencial turbulência e atividade convectiva integrada" sobre as ilhas havaianas e, na altura, os pilotos disseram que uma "pluma" havia surgido em frente do avião, formando-se "rapidamente".
A tripulação chamou a comissária de bordo principal, mas em poucos segundos o avião deu uma cambalhota, não conseguindo a responsável alertar os outros colegas.
Os pilotos foram registados, após a turbulência, a dizerem que deveriam ter "dado a volta".
Desta forma, o relatório defende como causa provável do incidente "a decisão da tripulação de voar sobre uma célula de tempestade observada, em vez de a contornar, apesar de existir informação meteorológica suficiente" que dava conta da possibilidade de mau tempo.
O alerta do cinto de segurança foi ativado antes do incidente, mas não foi feito qualquer anúncio sobre a turbulência.
Recorde-se que, na altura, 36 pessoas ficaram feridas e 20 foram hospitalizadas. O avião transportava 278 passageiros e 10 tripulantes.
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