"Posso confirmar hoje que enviámos uma delegação de altos funcionários britânicos a Damasco para uma reunião com as novas autoridades sírias interinas e membros de grupos da sociedade civil", disse o chefe da diplomacia britânica, David Lammy, numa conferência de imprensa em Londres.
Lammy afirmou ainda que o Reino Unido apoiará "um processo político de transição inclusivo, liderado pela Síria e propriedade da Síria".
A HTS liderou a ofensiva relâmpago de 12 dias que derrubou o regime do antigo Presidente sírio Bashar al-Assad, no poder há 24 anos, e tomou a capital Damasco a 08 de dezembro.
Após 50 anos de domínio absoluto do clã Assad, as novas autoridades procuram tranquilizar as capitais estrangeiras, estabelecendo progressivamente contactos com os seus dirigentes.
Os Estados Unidos (EUA) anunciaram no sábado passado que tinham estabelecido "contactos diretos" com a HTS.
No domingo, o chefe da diplomacia britânica anunciou que o Reino Unido tinha "contactos diplomáticos" com o grupo.
A HTS "continua a ser uma organização terrorista proibida [no Reino Unido], mas podemos ter contactos diplomáticos", disse, com o objetivo de garantir o estabelecimento de um "governo representativo" e a segurança das reservas de armas químicas na Síria.
Londres anunciou também que vai desbloquear 50 milhões de libras (60,1 milhões de euros) para ajudar os "sírios mais vulneráveis" na Síria, no Líbano e na Jordânia.
A mudança de regime está a lançar várias interrogações sobre o futuro deste país devastado e fraturado por 13 anos de guerra civil, num conflito que ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas'.
O novo poder instalado em Damasco nomeou o político Mohammed al-Bashir como primeiro-ministro interino do governo sírio de transição, cargo que assumirá até março de 2025.
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