A Polónia, que tem apoiado firmemente a vizinha Ucrânia desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022 e serve como um centro logístico crucial para a ajuda militar ocidental, assume a presidência rotativa da UE [União Europeia] a partir de 01 de janeiro de 2025.
"À luz da chegada ao poder de uma nova administração americana, a Europa deve mobilizar-se mais", vincou o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, aos jornalistas em Bruxelas.
Segundo Sikorski, Washington e a UE devem ajudar a Ucrânia a "alcançar uma melhor posição para possíveis negociações futuras, nas quais é o agressor que deve ser encorajado e forçado, e não a vítima".
As declarações de Sikorski surgem dois dias antes de uma reunião informal em Bruxelas, na qual participarão o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, segundo um responsável da NATO.
O presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também deverão participar nesta reunião, segundo fontes diplomáticas.
António Costa, ex-primeiro ministro português e o presidente do Conselho Europeu, que reúne os 27 Estados-membros, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também deverão juntar-se a estes governantes.
Os europeus e o presidente ucraniano estão preocupados com a possibilidade de suspensão da ajuda militar norte-americana à Ucrânia, que continua em guerra com a Rússia.
Donald Trump tem indicado repetidamente que pretende trazer a paz à Ucrânia, prometendo fazê-lo "em 24 horas", mas sem nunca dizer como.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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