Uma mina terrestre improvisada, ao que tudo indica, plantada por um cartel de droga matou dois soldados mexicanos e deixou outros cinco feridos, revelou o secretário de Defesa nacional do México, esta terça-feira, que não avançou nenhuma informação referente ao estado de saúde dos feridos.
O exército mexicano já tinha sofrido seis mortes causadas por dispositivos explosivos improvisados, entre 2018 e 2024, segundo Ricardo Trevilla, que, no entanto, não especificou se as mortes foram provocadas por bombas lançadas de drones ou por bombas enterradas na beira da estrada, ambas usadas por gangues locais.
Os dispositivos usados no ataque no início da semana eram "muito rústicos" e, anteriormente, as autoridades já os tinham descrito como semelhantes a bombas caseiras enterradas.
A descrição do local, no oeste do estado de Michoacán, onde tudo aconteceu, sugere que pode ter sido uma espécie de armadilha terrível do cartel de drogas, de acordo com o secretário de Defesa nacional do México.
Ricardo Trevilla disse que o exército enviou uma patrulha para verificar relatos sobre um acampamento de homens armados numa área rural, mas quando as Forças Armadas se aproximaram do local em veículos, encontraram o caminho bloqueado por troncos e tiveram de descer e aproximar-se a pé.
Ao se aproximarem, avistaram três corpos desmembrados próximos do acampamento, que aparentava estar abandonado, no entanto, ao tentarem chegar perto dos mesmos, um dispositivo enterrado explodiu e atingiu os soldados.
O secretário de defesa atribuiu as culpas pelo sucedido aos United Cartels (Cartéis Unidos na tradução livre), um grupo que há anos trava batalhas territoriais sangrentas contra o cartel de Jalisco em Michoacán.
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