"A China condena firmemente este ataque e opõe-se a qualquer tipo de terrorismo, independentemente da sua forma. Continuaremos a apoiar firmemente o Paquistão na luta contra o terrorismo, bem como a manter a estabilidade e a proteger os civis", declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa.
A porta-voz acrescentou que a China está "pronta a trabalhar em operações antiterroristas com o Paquistão para manter a região segura e estável".
Mais de 150 passageiros foram resgatados numa complexa operação de segurança na província paquistanesa do Baluchistão, na sequência do sequestro do comboio Jaffar Express por membros do BLA, informaram hoje fontes militares.
As forças de segurança prosseguem a operação para libertar os restantes reféns detidos pelo BLA, que se apoderou do comboio com mais de 400 passageiros a bordo, quando este se dirigia de Quetta para Peshawar.
O BLA, que procura a independência do Baluchistão, a maior província do Paquistão (43% da área do país), tem uma longa história de insurreição, com ataques contra as forças de segurança paquistanesas e os investimentos chineses na região.
A China é um importante parceiro económico e político do Paquistão. O corredor económico --- um conjunto de infraestruturas para ligar o oeste da China ao Oceano Índico, num projeto que faz parte da iniciativa chinesa Faixa e Rota --- está avaliado em mais de 56 mil milhões de euros.
No entanto, os ataques de insurgentes contra cidadãos chineses aumentaram nos últimos anos, coincidindo com um aumento da violência no Paquistão, que Islamabade associa também à subida ao poder dos talibãs no Afeganistão, em agosto de 2021.
O corredor foi forçado a suspender as operações em julho de 2021, quando um bombista suicida matou 13 pessoas, incluindo nove engenheiros chineses.
Em abril do ano passado, cinco trabalhadores chineses e um paquistanês foram mortos num outro ataque suicida.
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