O antigo presidente pró-Ocidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, detido desde 2021, foi condenado, esta quarta-feira, a mais nove anos de prisão por desvio de fundos.
Após o anúncio da sentença, vários apoiantes do ex-presidente, no cargo entre 2004 e 2013, acusaram o juiz de ser um "escravo" do atual governo, liderado pelo partido pró-russo Sonho Georgiano, refere a agência de notícias Reuters, que cita a imprensa georgiana.
Esta é a segunda condenação de Mikheil Saakashvili, que foi preso após regressar à Geórgia em 2021 por acusações de abuso de poder. O ex-presidente tem passado grande parte da pena no hospital devido, sobretudo, a greves de fome em protesto contra a sua prisão.
Líder carismático e pró-Ocidente, Saakashvili governou a Geórgia, a ex-república soviética do Cáucaso, e estava no poder durante uma guerra que eclodiu no verão de 2008, quando o Exército russo invadiu parte do seu território e que terminou com uma rápida derrota georgiana.
Depois de dois mandatos, Saakashvili teve de deixar a Geórgia quando os seus adversários pró-Rússia chegaram ao poder, em 2013. Privado da cidadania georgiana, Saakashvili prosseguiu a sua carreira política na Ucrânia, país onde obteve a nacionalidade e foi governador da região de Odessa.
Após oito anos de exílio, foi detido no regresso à Geórgia em outubro de 2021, depois de ter sido condenado a seis anos de prisão, à revelia, em 2018 por "abuso de poder".
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