"Em setembro, outubro e novembro a produção foi de 47.550, 53.590 e 57.347 dúzias respetivamente, o que significa que depois da eclosão da doença e de todas as medidas que foram tomadas a província de Inhambane está a recuperar muito bem", disse Emídio Nhantumbo, porta-voz do Conselho Executivo Provincial de Inhambane.
Em causa está a gripe das aves diagnosticada em outubro do ano passado numa unidade de produção naquela província, levando ao abate de 45 mil galinhas poedeiras que produziam diariamente cerca de 44 mil ovos para consumo, um caso ligado a dezenas de surtos de duas estirpes distintas que alastraram no mesmo período na vizinha África do Sul.
Segundo o representante, a província, que atingiu um total de 316 mil dúzias de janeiro a novembro, já recuperou os níveis de produção anteriores à eclosão da doença.
"Temos que continuar a trabalhar com o setor privado para garantir que a produção seja cada vez maior, de modo a reduzir a nossa dependência, aumentar a oferta de ovos para a nossa população e também para podermos tirar o ovo produzido em Inhambane para alimentar outras províncias e outras partes do nosso país", concluiu Emídio Nhamtumbo.
O diretor nacional de Desenvolvimento Pecuário de Moçambique avançou em fevereiro deste ano à Lusa que o país não registava até então qualquer caso de gripe das aves, desde outubro, prevendo concluir em abril o processo de certificação de eliminação da doença.
De acordo com Américo da Conceição, o país não registou qualquer caso de gripe das aves desde o surgimento do foco numa unidade privada em Morrumbene, província de Inhambane: "Era o único foco, teremos de fazer mais uma testagem para enviar para a Organização Mundial da Saúde Animal, para declarar o país livre".
Para ser considerado livre da doença, qualquer país deve cumprir um período mínimo de seis meses sem casos.
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