Em outubro foi concluído um acordo sobre patrulhas fronteiriças, que finalmente quebrou um impasse iniciado com o confronto na região de Ladakh, o primeiro a provocar mortes desde 1975.
Após conversações entre os representantes especiais sobre questões fronteiriças dos dois países, que decorreram hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês informou que iriam ser procuradas soluções "justas e razoáveis", além de definido um roteiro com os primeiros passos a dar neste dossiê. Posteriormente, as medidas mais difíceis serão abordadas, de acordo com a mesma fonte.
A reunião de hoje juntou o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, e o conselheiro de Segurança Nacional da Índia, Ajit Doval.
Os dois representantes exortaram à continuação da implementação do acordo de patrulha fronteiriça, acrescentando que os dois países fortaleceriam os intercâmbios, incluindo as viagens de peregrinos indianos ao Tibete, segundo o comunicado de Pequim.
Dias depois do pacto fronteiriço de outubro ocorreu uma reunião entre o líder chinês Xi Jinping e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Há dois dias, a China tinha anunciado que iriam decorrer esta semana conversações de alto nível com a Índia sobre diferendos fronteiriços, a primeira reunião deste género em cinco anos.
A última reunião tinha ocorrido em dezembro de 2019, segundo a imprensa indiana.
As conversações tinham parado em 2020, depois de um confronto mortal entre soldados na fronteira entre o Tibete chinês e a região indiana de Ladakh, que causou pelo menos 20 mortos do lado indiano e quatro entre os militares chineses.
Os dois gigantes asiáticos partilham uma fronteira de 3.500 quilómetros, que continua a ser uma fonte constante de tensão, com registo de confrontos esporádicos.
Pequim e Nova Deli acusam-se regularmente entre si de tentar apoderar-se do território ao longo da sua linha de demarcação não oficial a grande altitude.
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