A ocasião foi aproveitada para recordar os protestos de dezembro de 2001, que acabaram com o governo Fernando de la Rúa (1999-2001).
Sob o slogan 'abaixo o plano motosserra de Milei, dos governadores e do Fundo Monetário Internacional (FMI)', os manifestantes reuniram-se na simbólica praça, onde denunciaram que foram alvo de tentativa de "amedrontamento" pela Polícia Federal.
O deputado Juan Carlos Giordano, da Frente de Esquerda Unidade, disse à EFE "a Argentina vai continuar com fome, pobreza e submissão se continuar a pagar uma divida externa completamente usurária e fraudulenta sob os ditames do FMI".
Em alternativa, a esquerda propõe "não pagar" e "continuar a lutar" por um governo da classe trabalhadora e por uma Argentina socialista".
O governo de Milei está a aplicar uma forte austeridade, para chegar ao equilibro orçamental, a partir de um défice equivalente a seis por cento do produto interno bruto (PIB) no final de 2023.
Para o conseguir, nos primeiros 11 meses deste ano os gastos com pensões foram reduzidos em 28%, com prestações sociais 17%, com obras públicas 30%, com transferências para as províncias 10%, com financiamento de serviços públicos 15%, com salários da função pública 11% e com transferências para universidade três por cento.
Este ano está a ser um de recessão, com o PIB a cair 2,7% até outubro, e forte inflação, que em novembro atingia 166%, em termos anuais.
"Estamos a passar penúrias indescritíveis", disse uma reformada à EFE.
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