Segundo aquela agência de notícias francesa, que cita uma carta daquele partido lealista de centro-direita, dirigida ao presidente do Governo, Louis Mapou, a decisão justifica-se com a "profunda angústia económica e social" em que o país mergulhou depois dos acontecimentos de 13 de maio.
Desde 13 de maio que a Nova Caledónia atravessa uma grave crise, com os protestos contra uma reforma eleitoral, entretanto retirada pelo Governo central francês a degenerarem em tumultos que destruíram o tecido económico do arquipélago e causaram prejuízos de pelo menos dois mil milhões de euros.
Para Jérémie Katidjo-Monnier, "em tais circunstâncias, a solidariedade entre as instituições, (..) Governo e o Congresso da Nova Caledónia, é uma obrigação ardente".
Mas, segundo lamentou, "o Governo, que provém do Congresso, que é o executivo do país, tornou-se, com o tempo, um órgão independente, nomeadamente dos grupos políticos do Congresso de onde provém, sejam eles pró-independência ou não'.
O Governo da Nova Caledónia é nomeado pelos membros do Congresso através de um escrutínio em lista e em caso de demissão individual de um membro do governo, a pessoa seguinte na lista toma o seu lugar.
Segundo explica a AFP, só uma demissão coletiva pode levar à queda do Governo, o que aconteceu agora, uma vez que a carta dirigida ao presidente do executivo está assinada pelos sete membros da União Caledónia que podiam substituir Jérémie Katidjo-Monnier.
A AFP refere que o governo da Nova Caledónia decidiu adiar para novembro de 2025 as eleições provinciais previstas para este ano, adiando, sem resolver, a questão "altamente sensível" do órgão eleitoral.
Desde há várias semanas, relata a AFP, vários grupos políticos têm vindo a manifestar o seu desacordo com o plano de salvaguarda e reconstrução apresentado pelo governo colegial e, em particular, com as suas condições de financiamento.
O atual Presidente Louis Mapou vai ocupar-se dos assuntos correntes até à nomeação de um novo executivo.
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