"Depois de alertas que se ativaram às 16h14 [14h14 em Lisboa] nas zonas de Jerusalém, Negev Ocidental e Shefala, as forças aéreas intercetaram dois projéteis que cruzavam o país desde o norte da Faixa de Gaza", pode ler-se num comunicado oficial das forças armadas israelitas, citado pela agência espanhola Europa Press.
Até ao momento, segundo a agência, não há notícia de danos pessoais nem materiais após a interceção, mas foi aberta uma investigação sobre o ocorrido, de acordo com o diário The Times of Israel.
O sistema de alerta ativou os alarmes de ataque aéreo em localidades como Beit Shemesh e outras próximas da Faixa de Gaza, num incidente muito pouco habitual nas últimas semanas.
Após o ataque, as forças armadas israelitas emitiram uma ordem urgente de retirada de civis para a localidade de Beit Hanun, na zona a partir da qual se lançaram os projéteis.
"Aviso urgente para os que ainda não saíram da zona marcada no mapa, em particular na zona de Beit Hanun. Esta zona foi objeto de vários avisos prévios", indicou, em árabe, o porta-voz das forças armadas israelitas, o coronel Avichay Adraee.
O porta-voz indicou que as pessoas "devem sair da zona de imediato e deslocar-se até ao sul, pela estrada Saladino", advertindo que "deslocar-se por outras estradas" as coloca em perigo.
O conflito em curso em Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar contra o enclave palestiniano com mais de dois milhões de habitantes, que em 14 meses causou mais de 45 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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