Segundo esta organização não-governamental (ONG) sediada no Reino Unido e com uma vasta rede de colaboradores no país, "três autocarros da Segurança Geral Libanesa dirigiram-se para o local transportando a bordo os detidos", entre os quais oficiais de várias patentes das forças depostas do antigo Presidente sírio.
A delegação chegou à passagem fronteiriça no norte do Líbano, escoltada por veículos dos serviços de informação e da Segurança Geral do Exército Libanês, e era chefiada por um coronel desta última instituição.
"Os detidos sírios foram entregues ao Departamento de Operações Militares e transferidos para o lado sírio", descreveu a ONG, acrescentando que alguns dos oficiais foram capturados na sexta-feira por entrarem irregularmente na região de Jbeil, no norte do país.
O Governo do Líbano avisou em 10 de dezembro, dois dias depois do derrube de Bashar al-Assad, que iria prender responsáveis do regime sírio deposto que tentassem entrar no seu território e que fossem procurados pela justiça.
Este anúncio ocorreu quando a Segurança Geral procurava implementar "medidas rigorosas e instruções para evitar entradas arbitrárias no Líbano", após os acontecimentos no país vizinho.
O líder de facto da Síria, Ahmed al-Charaa, anunciou após a queda de Bashar al-Assad que as novas autoridades sírias irão perseguir "criminosos de guerra" e exigir a sua entrega aos países para onde fugiram, "para que recebam a sua justa punição".
Al-Charaa, dantes conhecido pelo seu nome militar, Abu Mohamed al-Jolani, e também líder da Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS), que comandou uma coligação de grupos rebeldes contra o regime autoritário de Damasco, anunciou ainda um "perdão geral" para todos os soldados do país recrutados "em serviço obrigatório".
Posteriormente, alargou a amnistia a todos aqueles que depuseram as armas e se apresentaram nos "centros de reconciliação" para regular a sua situação.
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