O Clube dos Prisioneiros Palestinianos e a Comissão para os Assuntos dos Detidos (um organismo da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), que governa partes da Cisjordânia ocupada), acusaram Israel de levar a cabo "liquidações sistemáticas" de prisioneiros.
As agências confirmaram a morte de quatro prisioneiros em Gaza, entre eles Muhamad Aka, de 44 anos, Samir al-Jalut, 52 anos, Zuhair al-Sharif, 58 anos e Muhamad Labad, de 57 anos.
A morte de Ashraf Warda, de 51 anos, foi anunciada no domingo.
As mortes dos prisioneiros ocorreram entre outubro e novembro e foram também confirmadas pelas autoridades prisionais israelitas ou pelo exército.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há quase 15 meses, pelo menos 54 prisioneiros palestinianos morreram nas prisões israelitas, embora seja possível que este valor seja mais elevado, uma vez que não existem números oficiais.
Estima-se que milhares de prisioneiros de Gaza, incluindo muitos em detenção administrativa, ou seja, sem acusação ou julgamento, se encontrem sob custódia israelita.
Um relatório da organização B'Tselem sugere que abusos contra os prisioneiros palestinianos ocorrem em todo o sistema prisional israelita.
Segundo a organização não-governamental (ONG), as autoridades israelitas praticam tortura, espancamentos, privação de sono e de alimentos, assim como agressões sexuais em áreas sem câmaras de segurança contra os palestinianos, muitos dos quais detidos sem acusação formal.
Israel não divulga habitualmente detalhes sobre os prisioneiros palestinianos detidos em Gaza, mas pelo menos cinco soldados israelitas foram processados por terem abusado de um detido na prisão de Sde Teiman, no sul do país, para onde foram levados milhares de palestinianos desde o início da guerra.
O grupo é suspeito de ter cometido um crime de "sodomia agravada", considerado equivalente a uma acusação de violação, segundo o exército israelita.
O jornal Times of Israel identificou a vítima como um polícia do movimento islamita Hamas que tinha sido detido na Faixa de Gaza.
A prisão de Sde Teiman tem sido alvo de queixas dos prisioneiros e das organizações internacionais que denunciam o recurso sistemático à tortura.
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