"Os Huthis, representantes do Irão, têm vindo a lançar ataques implacáveis com mísseis e 'drones' contra cidadãos e comunidades israelitas há mais de um ano e têm perturbado as rotas marítimas internacionais", criticou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros numa publicação nas redes sociais.
Desde novembro de 2023, um mês após o início da guerra em Gaza, os Huthis têm atacado navios, principalmente no Mar Vermelho, e alvos em Israel, aproveitando a posição estratégica do Iémen.
O exército israelita acusou o grupo armado iemenita de depender do financiamento iraniano e de agir como agente da República Islâmica no ataque a navios internacionais no Mar Arábico, no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandab, para desestabilizar a região.
Estas ações têm continuado apesar de as suas posições terem sido bombardeadas em várias ocasiões pelos Estados Unidos, Israel e Reino Unido.
"Apelo a todos os países que procuram a estabilidade global para que designem os Huthis como uma organização terrorista - é tempo de a comunidade internacional agir para contrariar a agressão Huthi", acrescentou Saar.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu já havia afirmado que Israel continuará a atacar os Huthis "até que a missão" de os neutralizar "esteja concluída", descrevendo-os como "braço terrorista do Irão".
Os rebeldes Huthi aumentaram os seus bombardeamentos contra Israel, lançando cerca de 10 mísseis balísticos e nove 'drones' a partir do Iémen em direção a Israel no último mês, segundo o exército israelita.
As tensões entre o grupo iemenita e Israel aumentaram significativamente e a intensificação do fogo cruzado começa a preocupar a comunidade internacional.
Em 27 de dezembro, os Huthis reivindicaram um ataque ao aeroporto Ben Gurion de Israel, 15 quilómetros a sudeste de Telavive, com um míssil balístico.
O ataque iemenita seguiu-se ao ataque do exército israelita ao aeroporto internacional de Sanaa, na capital do Iémen, ocorrido horas antes, matando seis pessoas e ferindo 40.
O ataque israelita ao aeroporto da capital interrompeu também o embarque do chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanmon Ghebreyesus, que confirmou mais tarde que este e a sua equipa se encontravam em segurança.
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