Os Estados Unidos da América têm uma base no centro das Honduras, em Palmerola, construída no começo da década de 1980, mantendo uma presença de 400 militares.
"Face a uma atitude hostil como a expulsão maciça dos nossos irmãos, teríamos de considerar uma mudança nas nossas políticas de cooperação com os Estados Unidos, especialmente no campo militar, que, sem pagar um centavo, há décadas mantêm bases militares no nosso território, que, neste caso, perderiam a razão de ser nas Honduras", afirmou a presidente das Honduras numa mensagem de Ano Novo.
A deportação maciça de milhões de pessoas em situação irregular tem sido uma bandeira da extrema-direita norte-americana em geral e do recém-reeleito Donald Trump em particular, que prometeu dar início a essas medidas a partir da tomada de posse, este mês.
Xiomara Castro disse hoje esperar "diálogo construtivo e amigável" da parte da administração vindoura nos Estados Unidos, lembrando o contributo dos emigrantes hondurenhos para a economia norte-americana.
De acordo com as autoridades das Honduras, vivem nos Estados Unidos mais de um milhão de cidadãos, estando 280 mil pessoas numa lista de deportação.
As remessas enviadas pelos emigrantes hondurenhos representam 25% do Produto Interno Bruto daquele país.
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