Pequim considera a ilha como uma província sua, que deve ser "reunificada", pela força, caso seja necessário.
Sob a presidência de Joe Biden, os Estados Unidos efetuaram várias vendas de armas a Taiwan, provocando a ira de Pequim, que vê nisso um atentado à sua soberania.
O Ministério do Comércio chinês colocou hoje várias empresas norte-americanas numa "lista de entidades não fiáveis" devido ao "seu envolvimento na venda de armas" a Taiwan, segundo um comunicado.
A decisão foi tomada "para proteger a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China", afirmou.
As empresas visadas incluem várias entidades do gigante norte-americano Lockheed Martin, um fabricante de equipamento de defesa e aeroespacial, o ramo de mísseis da Raytheon e três empresas do gigante do armamento General Dynamics.
Estas empresas deixarão de poder efetuar importações ou exportações "relacionadas com a China", ou investir no país asiático. Os seus "quadros superiores" deixarão de poder entrar no território chinês.
A China já tinha anunciado na semana passada a imposição de sanções a sete empresas norte-americanas, na sequência da aprovação por Washington de um novo pacote de ajuda militar a Taiwan.
Embora Washington tenha reconhecido Pequim em detrimento de Taipé desde 1979, o Congresso americano impôs simultaneamente a obrigação de fornecer armas a Taiwan.
As relações entre Pequim e Taipé deterioraram-se desde 2016, após a chegada de Tsai Ing-wen à presidência da ilha, seguida pelo seu sucessor William Lai, em maio de 2024. Ambos rejeitam as reivindicações da China.
Leia Também: Menores assaltam estafetas da Glovo na Amadora sob ameaça de armas