Gideon Saar confirmou o encontro nas redes sociais, assinalando que a reunião com o general suíço serviu para abordar a "colaboração efetiva" entre as Forças de Defesa de Israel (IDF) e as tropas da ONU presentes ao longo da zona desmilitarizada entre Israel e a Síria.
A área onde opera a missão da ONU situa-se na fronteira entre os dois países, a leste dos Montes Golã, ocupados pelas autoridades israelitas desde 1981.
Esta zona voltou a estar em destaque após a queda do regime do ex-Presidente sírio Bashar al-Assad, em 08 de dezembro do ano passado, no seguimento de uma rápida ofensiva levada a cabo por uma coligação de grupos armados rebeldes, que assumiu o poder em Damasco.
Na altura, Israel aproveitou para avançar posições para lá dos Montes Golã e da linha desmilitarizada, alegando que estava a atuar em defesa da segurança do seu território.
O chefe da diplomacia israelita declarou, após o encontro com o general Gauchat, que o seu país "acompanha de perto a situação na Síria e não colocará em perigo a sua própria segurança", nem permitirá outro 07 de outubro "em nenhuma frente".
O ministro aludia ao ataque realizado em 07 de outubro de 2023 pelo grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, que desencadeou a guerra em curso na Faixa de Gaza e que se alastrou ao Líbano, contra ao movimento xiita libanês Hezbollah.
O ataque do Hamas matou cerca de 1.200 pessoas e outras 240 foram raptadas e, na ofensiva em grande escala que se seguiu de Israel na Faixa de Gaza, mais de 45 mil habitantes do enclave sobrelotado perderam a vida, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo radical palestiniano.
A guerra no Líbano, por seu lado, está suspensa por um cessar-fogo desde o final de novembro, apesar de múltiplas violações desde então, enquanto Israel aproveitou a mudança de poder na Síria para reforçar e expandir as suas posições na região dos Montes Golã, na confluência dos territórios israelita, sírio e libanês.
Leia Também: Turquia apela à Europa para repatriar cidadãos presos por 'jihadismo'