De acordo com um comunicado enviado pela diplomacia argentina, o caso ocorreu em 08 de dezembro na Venezuela.
Para o governo argentino, esta detenção constitui "uma violação grave e flagrante dos direitos humanos, que testemunha um padrão sistemático de crimes contra a humanidade cometidos na República Bolivariana da Venezuela, que são claramente da competência do TPI".
Caracas tinha anunciado, na sexta-feira, que o gendarme (guarda militar) argentino detido no país desde o início de dezembro ia ser acusado de "terrorismo", acusação negada por Buenos Aires.
Nahuel Gallo, de 33 anos, foi detido em 08 de dezembro na Venezuela depois de ter entrado no país vindo da Colômbia para visitar a companheira e o filho pequeno, segundo o Governo argentino.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acredita que o gendarme "tentou entrar de forma irregular (...) ocultando o seu verdadeiro projeto criminoso sob a aparência de uma visita sentimental".
"Este cidadão está sob investigação pelas suas ligações com um grupo de pessoas que tentaram, a partir do nosso território e com o apoio de grupos internacionais de extrema-direita, levar a cabo uma série de ações desestabilizadoras e terroristas", destacou Tarek William Saab.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros argentino, Gerardo Werthein, frisou que o processo iniciado por Saab é "absolutamente ilegítimo".
Este caso envenenou as relações entre a Argentina e a Venezuela durante semanas, já no seu nível mais baixo.
As relações diplomáticas entre os dois países foram cortadas pela Venezuela depois de o Presidente argentino Javier Milei ter questionado a validade da reeleição do Presidente venezuelano Nicolás Maduro, em 28 de julho.
Desde então, a segurança na embaixada da Argentina em Caracas tem sido assegurada pelo Brasil.
Em março, seis colaboradores da líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado, acusados de "terrorismo", refugiaram-se na representação diplomática argentina. Cinco destes ainda lá estão.
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