Lai, considerado um separatista e um desordeiro pelas autoridades de Pequim, participou hoje na inauguração de novas instalações na base militar de Ching Chuan Kang, na parte ocidental da ilha, em conformidade com o interesse de Taipé de "criar um ambiente de serviço confortável e de alta qualidade".
Na qualidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas, Lai sublinhou que a melhoria das instalações em que vivem os soldados é uma das suas "principais prioridades".
"Através destes esforços, esperamos também atrair mais talentos de qualidade para as Forças Armadas, reforçando assim a nossa capacidade de combate. O governo continuará a apoiar fortemente o Exército, a promover reformas e a melhorar o ambiente geral do serviço militar", prometeu.
Na sexta-feira, ele visitou a base naval da Brigada de Mísseis de Haifeng, manifestando o seu apreço pelo "empenho inabalável" daquela unidade em "salvaguardar" a soberania de Taiwan.
"Atualmente, forças autoritárias como a China, a Coreia do Norte, o Irão e a Rússia estão a convergir entre si, colocando desafios à estabilidade regional. Somos um país que persegue firmemente a paz e valoriza a liberdade e a democracia. As Forças Armadas serão sempre o pilar da segurança nacional e da segurança do seu povo", afirmou o líder da ilha.
Estas declarações surgiram numa altura de tensões acrescidas entre a China e Taiwan, cujos atritos se intensificaram após a tomada de posse de Lai, a 20 de maio.
O Ministério da Defesa Nacional (MND) de Taiwan detetou um total de 3.067 incursões de aviões de guerra chineses nas proximidades do seu território em 2024, mais 80% do que no ano anterior e um recorde anual desde que estes dados começaram a ser divulgados.
Neste contexto, o governo taiwanês propôs aumentar o orçamento da Defesa para um máximo histórico de 647 mil milhões de dólares taiwaneses (cerca de 19 mil milhões de euros), até 2025, um valor que poderá ser reduzido até 28% depois de a oposição ter aprovado uma lei que altera a afetação das receitas do governo central.
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