Após vários meses de alguma atividade sísmica, os abalos começaram a ter mais frequência e intensidade neste país do Corno de África, concentrados nas regiões rurais de Afar, Oromia e Amhara.
Nenhuma vítima foi relatada até ao momento, referiu o serviço de comunicação do Governo etíope, detalhando que cerca de 80.000 pessoas vivem nas áreas afetadas e os mais vulneráveis estão a ser transferidos para abrigos temporários.
"Estes sismos estão a aumentar em magnitude e recorrência", refere um comunicado do serviço, acrescentando que especialistas foram destacados para a área para avaliar os danos.
De acordo com um alto funcionário da Comissão Nacional de Gestão de Riscos de Desastres da Etiópia, pelo menos 2.000 pessoas já foram deslocadas das suas casas.
O último desta série de tremores de terra, com intensidade 4,7 na escala de Richter, ocorreu pouco antes das 12:40 locais (09:40 em Lisboa), cerca de 33 quilómetros ao norte da cidade de Metehara, na região de Oromia, de acordo com o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (MSRC).
Os sismos danificaram casas e há receios de que desencadeiem uma erupção do vulcão, o Monte Dofan, perto da cidade de Segento, na região nordeste de Afar.
Os abalos são regulares na Etiópia devido à sua localização ao longo do Vale do Rift, uma das regiões mais sísmicas do mundo.
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
Leia Também: Terramoto de magnitude 5,5 abalou o norte da Etiópia sem provocar vítimas