A reunião irá decorrer a poucos dias de Donald Trump tomar posse como novo Presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro, depois de ter prometido acabar rapidamente com a guerra de quase três anos entre a Rússia e a Ucrânia.
Zelensky disse que dezenas de países parceiros irão participar na reunião na Base Aérea de Ramstein, incluindo os que podem ajudar a aumentar as capacidades de defesa da Ucrânia.
"Vamos discutir isto com eles e continuar a persuadi-los", disse Zelensky no habitual discurso noturno, citado pela agência norte-americana AP.
"A tarefa permanece inalterada: reforçar a nossa defesa aérea", insistiu.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd J. Austin, será um dos participantes na reunião.
Nas últimas semanas de mandato, a administração do Presidente Joe Biden tem pressionado o envio do máximo de ajuda militar possível à Ucrânia antes da posse de Trump.
O futuro presidente afirmou durante a campanha eleitoral que poderia acabar com a guerra num dia, o que levantou dúvidas sobre se os Estados Unidos continuarão a ser o maior apoiante militar da Ucrânia.
Zelensky disse na semana passada que Trump é "forte e imprevisível" e que essas qualidades podem ser um fator decisivo na abordagem política do novo presidente à invasão russa da Ucrânia.
A Rússia controla cerca de um quinto da Ucrânia e, no ano passado, aproveitou a fraqueza das defesas ucranianas para avançar lentamente no leste do país, apesar das elevadas perdas de tropas e equipamento.
A trajetória da guerra não está a favor da Ucrânia, que está com falta de pessoal na linha da frente e precisa de apoio contínuo dos parceiros ocidentais, segundo a AP.
Zelensky afirmou durante o discurso noturno que as tropas russas e norte-coreanas sofreram pesadas perdas nos combates na região russa de Kursk nos últimos dias.
Em dezembro, Zelensky disse que 3.000 soldados norte-coreanos foram mortos e feridos em Kursk, junto à fronteira com a Ucrânia.
As forças ucranianas lançaram uma incursão em Kursk em agosto, desferindo um golpe no prestígio da Rússia e forçando-a a destacar algumas das tropas de uma ofensiva lenta no leste da Ucrânia.
A incursão não alterou significativamente a dinâmica da guerra e os analistas militares afirmam que a Ucrânia perdeu cerca de 40% do território que inicialmente capturou à Rússia.
A Ucrânia anunciou hoje uma nova ofensiva em Kursk, que a Rússia disse ter repelido.
A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia ordenada em fevereiro de 2022 pelo Presidente Vladimir Putin para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.
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