"O aumento dos atos de antissemitismo é bastante significativo. Ao dia de hoje, segundo os números que tenho até 30 de novembro, estávamos em quase 1.500 atos de antissemitismo", indicou a governante, em entrevista a um canal de televisão francês.
Segundo especificou Aurore Bergé, "a maioria destes atos não são apenas insultos, são ataques diretos às pessoas, seja porque são judeus ou porque se pensa que são".
De acordo com os números, os ataques pessoais representam 63% dos incidentes antissemitas registados.
Em 2023, segundo dados do Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França (CRIF), o número de incidentes antissemitas registados no país quadruplicou num ano, com 1.676 casos.
"Agora, o simples facto de defender posições republicanas claras, de recordar que no dia 07 de outubro houve antes de mais nada ataques terroristas perpetrados pelo Hamas, de simplesmente apoiar as famílias dos reféns faz de ti um potencial alvo de ataques antissemitas", sublinhou.
Muitos destes incidentes têm-se verificado em contexto escolar e académico.
A França tem a maior comunidade judaica da Europa, com cerca de 500.000 pessoas, num total de 68 milhões de habitantes.
A população de fé ou tradição muçulmana no seu território metropolitano aumentou significativamente desde o final da Segunda Guerra Mundial, atingindo quase 9% da população.
Leia Também: Cinco condenados por confrontos com adeptos israelitas em Amesterdão