Mais de 500 detidos por alegada relação com antigo regime sírio

Cerca de 500 pessoas foram detidas nas últimas 48 horas pelas forças de segurança da nova administração síria, por alegada relação com o anterior regime de Bashar al Assad, existindo casos de tortura, denunciou uma Organização Não Governamental (ONG).

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© BAKR ALKASEM/AFP via Getty Images

Lusa
05/01/2025 13:47 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Síria

Num comunicado divulgado hoje, citado pela agência EFE, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos refere que cerca de 500 pessoas foram detidas nos últimos dois dias na cidade de Homs, incluindo oficiais e agentes do anterior regime.

 

De acordo com esta ONG, as detenções "foram realizadas no meio de violações cometidas por alguns membros (das forças de segurança), como de tortura dos detidos, enquanto eram transferidos para centros de segurança".

A ONG, sediada no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de colaboradores no terreno, refere os nomes de cerca de vinte aldeias da província de Homs onde afirma que as detenções foram efectuadas.

"O Observatório obteve um vídeo que mostra membros das forças de segurança a deter cidadãos no bairro Al Sabil de Homs e a levá-los de forma desumana, semelhante ao comportamento de membros do antigo regime", afirmou.

As forças de segurança do Comando de Operações Militares da administração síria iniciaram há vários dias uma campanha de localização e registo em Homs para perseguir antigos membros das forças do regime deposto.

Esta campanha inclui intensas buscas e rusgas a residências nos bairros afetados, no meio de rigorosas medidas de segurança.

Os meios de comunicação social que contactaram a nova administração anunciaram a detenção de alguns alegados autores de crimes como tortura ou assassinato de prisioneiros durante o regime de Al Assad, que foi deposto em 08 de dezembro.

Nas últimas semanas, as novas autoridades sírias abriram "centros de reconciliação" em várias províncias do país, para receber e conciliar a situação dos soldados ou dos membros das organizações de segurança do antigo regime, embora tenham insistido que não perdoarão aquelas pessoas cujas mãos "estão manchadas com o sangue dos sírios".

Uma ofensiva rebelde lançada em 27 de novembro pôs fim ao regime de Bashar al-Assad em 08 de dezembro, dia da tomada de Damasco, a capital da Síria.

Assad refugiou-se na Rússia, que lhe concedeu asilo político.

A Rússia e o Irão eram os principais apoiantes do regime de Assad.

Leia Também: Síria. Delegação ministerial do governo provisório procura apoios árabes

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