Cabos no Mar Báltico alvo de alegada sabotagem foram reparados

Os dois cabos de telecomunicações entre a Finlândia e a Estónia que foram danificados no dia de Natal, no Mar Báltico, durante uma alegada sabotagem que afetou vários cabos submarinos, foram reparados, anunciou hoje a operadora finlandesa Elisa.

Notícia

© JUSSI NUKARI/Lehtikuva/AFP via Getty Images

Lusa
06/01/2025 16:33 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Mar Báltico

"As reparações foram efetuadas hoje", disse o chefe de segurança da operadora, Jaakko Wallenius, à agência noticiosa francesa AFP.

 

As autoridades finlandesas continuam a investigar as suspeitas de envolvimento do petroleiro 'Eagle S' na avaria do cabo submarino elétrico EstLink 2 no Mar Báltico, que liga a Finlândia à Estónia, no dia de Natal.

O 'Eagle S', com pavilhão das Ilhas Cook, é suspeito de pertencer à chamada 'frota fantasma russa' - uma expressão que designa os navios que transportam petróleo bruto e produtos petrolíferos russos -, recentemente alvo de sanções pelos 27 países da União Europeia (UE).

Segundo o Ocidente, a chamada 'frota-fantasma russa' é constituída por navios que transportam petróleo russo e contornam as sanções impostas a Moscovo na sequência da guerra contra a Ucrânia.

"Há provas convincentes da presença do 'Eagle S' no local" onde os cabos foram cortados, disse Wallenius, que sublinhou que a investigação iniciada a 26 de dezembro pelas autoridades ainda está a decorrer.

"Os cabos foram cortados de tal forma que parece um corte de âncora", acrescentou.

O navio 'Eagle S', proveniente de um porto russo, foi abordado e encontra-se agora ao largo da costa de Porkkala, cerca de 30 quilómetros a sul de Helsínquia.

Oito dos seus marinheiros foram proibidos de abandonar o território finlandês.

A polícia finlandesa anunciou na sexta-feira passada que a investigação subaquática estava "quase concluída no que diz respeito ao estudo do fundo do mar".

O cabo Estlink 2 ainda não foi reparado, mas a empresa Cinia, que opera um dos outros cabos danificados, o C-Lion 1 entre a Finlândia e a Alemanha, prevê que o cabo seja reparado até 10 de janeiro.

A UE considerou este incidente o mais recente numa "série que se suspeita serem ataques às infraestruturas críticas" do bloco comunitário.

A NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), à qual a Finlândia aderiu em abril de 2023, anunciou no final de dezembro de 2024 o reforço da sua presença militar no Mar Báltico.

Muitos incidentes semelhantes têm ocorrido desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

De acordo com especialistas e políticos, estas ações, que têm sobretudo como alvo as infraestruturas energéticas e de comunicações, inserem-se no contexto da "guerra híbrida" entre a Rússia e os países ocidentais, nesta vasta área marítima delimitada por vários membros da NATO, onde Moscovo também tem pontos de entrada.

Dois cabos de telecomunicações foram cortados nos dias 17 e 18 de novembro em águas territoriais suecas. Um graneleiro de bandeira chinesa, o'Yi Peng 3' -- que se encontrava na zona na mesma altura - está na mira das autoridades de Estocolmo.

A UE anunciou medidas para "proteger os cabos submarinos, nomeadamente melhorando o intercâmbio de informações, aplicando novas tecnologias de deteção e também meios de reparação submarina, e cooperando a nível internacional".

Leia Também: Báltico. Suécia envia navio para apoiar investigação a sabotagem de cabo

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas