"<span class="news_bold">Edmundo González Urrutia, se puser os pés na Venezuela, será preso e julgado", segundo Diosdado Cabello, que falava hoje numa conferência de imprensa depois de o opositor ter prometido regressar ao país sul-americano para tomar posse na próxima sexta-feira.
Está marcada para 10 de janeiro a tomada de posse de Nicolas Maduro, na sequência da sua eleição para um terceiro mandato (2025-2031) à frente do país, o que foi validado pelo Supremo Tribunal, apesar das várias críticas.
Na mesma conferência de imprensa, Cabelo tinha começado por ironizar, ao afirmar que: "terei todo o gosto em recebê-lo".
Atualmente em digressão internacional, que já passou pela Argentina e Uruguai, González Urrutia apelou no domingo que o exército o apoie.
"No dia 10 de janeiro, por vontade soberana do povo venezuelano, devo assumi o posto de comandante-em-chefe", afirmou o político, numa mensagem publicada nas redes sociais, enquanto a líder da oposição Corina Machado apelou a manifestações para quinta-feira.
Hoje, Cabelo assegurou que a "calma reina nos quartéis", tendo, porém, sido ordenado um grande destacamento de forças de segurança para as ruas.
Maduro foi declarado vencedor com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral, que justificou a não publicação dos relatórios das assembleias de voto devido a alegada pirataria informática.
Publicando as atas, a oposição garantiu que Urrutia obteve mais de 67% dos votos, mas o candidato está exilado em Espanha desde setembro.
A repressão das manifestações após o anúncio da vitória de Maduro causou 28 mortos, cerca de 200 feridos e 2.400 detidos. Pelo menos três dos detidos morreram na prisão.
"A Venezuela está em paz. Aqueles que quiserem perturbar a paz vão pagar as consequências", concluiu hoje Cabello.
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