Em breves declarações à imprensa após a reunião, González Urrutia afirmou que Biden "o acompanha de todo o coração" na tentativa de regressar à Venezuela para a tomada de posse na sexta-feira como presidente, em vez de Nicolas Maduro, declarado pelas autoridades como vencedor.
González Urrutia acrescentou terem sido abordados "vários aspetos da relação bilateral" e que agradeceu o "apoio" recebido da administração norte-americana "nesta luta pela recuperação democrática da Venezuela".
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato após as eleições de 28 de julho, mas não forneceu provas com resultados desagregados da sua vitória.
A maior coligação da oposição apresentou resultados de votação que dão a vitória a González Urrutia, que tem sido considerado o presidente eleito pelos Estados Unidos e outros países.
Hoje em Washington, o candidato opositor não confirmou se pretende reunir-se com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que tomará posse no dia 20 de janeiro, mas avançou que as relações com a nova administração norte-americana serão "muito, muito próximas e também muito benéficas para a Venezuela".
"Vamos continuar com a mesma política bipartidária (com democratas e republicanos) que temos tido desde o início e com isso vamos garantir que o caminho para a restauração da democracia seja o mais rápido possível", afirmou.
Sobre o apelo da líder da oposição María Corina Machado, que instou a manifestações na véspera da tomada de posse para o próximo mandato presidencial, Gonzalez Urrutia declarou que "a recuperação da democracia é tarefa de todos".
A Casa Branca, por sua vez, fez declarações após a reunião, que não constava da agenda oficial de Biden, tornada pública diariamente.
A visita do opositor venezuelano a Washington integra uma digressão internacional visando recolher apoios e que já passou pela Argentina e Uruguai. Também já houve um contacto por videoconferência com o chefe de Estado paraguaio, Santiago Peña.
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