"A China continua a opor-se resolutamente à repressão injustificada das empresas chinesas e à travagem do desenvolvimento de alta qualidade do país", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
A Tencent, criadora da popular rede social WeChat e da plataforma de pagamentos Alipay, é também a maior vendedora mundial de jogos de vídeo, com títulos como o conhecido "League of Legends" sob a sua alçada.
A CATL é o maior produtor mundial de baterias para veículos elétricos, com clientes importantes não só no mercado chinês, mas também entre as grandes marcas internacionais, como a Tesla e a BMW.
O Ministério da Defesa dos Estados Unidos considerou que estas empresas estão ligadas às Forças Armadas de Pequim.
"Os Estados Unidos da América devem corrigir imediatamente as suas más práticas", exigiu Guo, acrescentando que a China vai "tomar as medidas necessárias para proteger os direitos das empresas chinesas".
Nos termos de uma lei de 2021, o Departamento da Defesa dos EUA deve identificar as empresas militares chinesas com interesses diretos ou indiretos nos EUA e apresentar uma lista ao Congresso.
A inclusão na lista não tem consequências jurídicas para as empresas em causa, mas prejudica a sua reputação. No passado, alguns grupos apresentaram queixas depois de terem sido incluídos na lista.
Um porta-voz da Tencent afirmou que a inclusão da empresa na lista "é claramente um erro", acrescentando que "não somos uma empresa ou fornecedor militar".
A CATL também denunciou o "erro", afirmando que a empresa "não está envolvida em quaisquer atividades militares".
As ações da Tencent caíram hoje mais de 7% na Bolsa de Valores Hong Kong, enquanto as ações da CATL na praça financeira de Shenzhen perderam quase 3%.
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