Scholz rejeita proposta de Trump de subir gasto com a NATO para 5% do PIB

O chanceler alemão, Olaf Scholz, rejeitou hoje a ideia do Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, de aumentar os gastos com Defesa no âmbito da NATO para 5% do PIB, porque tal significaria privar a Alemanha de "muitas coisas importantes".

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© Sascha Schuermann/Getty Images

Lusa
13/01/2025 17:09 ‧ há 16 horas por Lusa

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Alemanha

"Cinco por cento seriam mais de 200 mil milhões de euros por ano, e o orçamento do Estado é inferior a 500 mil milhões", disse Scholz, durante um evento de campanha eleitoral em Bielefeld (oeste).

 

"Isto só será possível com aumentos maciços de impostos ou cortes maciços em muitas coisas que são importantes para nós", acrescentou o chefe de governo cessante.

Trump, que toma posse na próxima segunda-feira como Presidente dos Estados Unidos, defendeu na semana passada que a contribuição dos Estados-membros da NATO deveria ser de 5% dos respetivos produtos internos brutos (PIB), mais do dobro dos atuais 2%.

"Deveriam estar a 5%, não a 2%", sustentou o futuro Presidente numa conferência de imprensa na sua residência em Mar-a-Lago, Florida, em que afirmou que, durante o seu primeiro mandato (2017-2021), foi ele quem "salvou a NATO", quando ameaçou retirar o financiamento, caso os outros países não pagassem os seus contributos.

O orçamento do Ministério da Defesa alemão em 2024 era de 51,95 mil milhões de euros, embora o país tenha gastado cerca de 71 mil milhões de euros nesta área graças aos recursos adicionais do fundo especial de 100 mil milhões criado pelo governo de Scholz para rearmar o exército alemão após o início da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

No total, as despesas da Alemanha com a Defesa atingem 2,12% em 2024, o que faz com que, pela primeira vez em décadas, atinjam os 2%, o rácio acordado em 2014 como referência da NATO.

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, também sublinhou hoje que a discussão sobre a percentagem das despesas da NATO "não ajuda", uma vez que a questão das "capacidades" militares dos países-membros da aliança atlântica é tão importante, se não mais, do que as despesas.

"Sempre disse que dois por cento não é suficiente", mas, argumentou, não se deve "apontar para uma percentagem fixa', mas sim para "os objetivos de capacidade da NATO", disse Pistorius em Kassel (oeste), num evento em que a Alemanha entregou à Ucrânia o primeiro veículo de artilharia autopropulsada RCH 155, fabricado pela empresa germano-holandesa KNDS.

Leia Também: NATO diz que investir 2% do PIB em defesa "é insuficiente"

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