Perder a casa onde vivia há 30 anos no incêndio de Eaton, em Los Angeles, nos Estados Unidos, trouxe recordações dolorosas a Cheryl Reid. Em criança, a norte-americana também viu a casa de infância ser consumida pelas chamas.
"Na altura era uma criança e agora sou uma idosa, mas estas coisas ficam connosco", contou Cheryl Reid à CNN Internacional.
Do fatídico dia, a norte-americana recorda-se de ter saído de casa a correr. Depois, acabou por ver, do outro lado da rua, os bombeiros a descerem as escadas com a avó, deitada numa maca.
"Graças a Deus desta vez não vamos perder ninguém da nossa família", desabafou.
Neste mais recente incêndio na semana passada, o marido, Roger Reid, estava a ver um jogo dos Lakers quando começaram a chegar os avisos sobre os ventos intensos e o fogo.
Como viviam na casa em Altadena desde 1994, o casal sabia que corria perigo e decidiu deixar logo a habitação.
"Os ventos tinham a força de um furacão. Não conseguíamos sequer abrir a porta do carro e depois não a conseguíamos fechar. Chegámos a ver as chamas do nosso espelho retrovisor", recordou Roger Reid.
O número de mortos nos incêndios de Los Angeles subiu para 24 no domingo, indicou o departamento de Medicina Legal do condado. Das 24 vítimas, 16 pessoas morreram no incêndio de Eaton e oito no fogo de Palisades.
Prevê-se que as condições meteorológicas se agravem entre esta segunda e quarta-feira, dificultando o trabalho dos profissionais.
A causa dos incêndios ainda é desconhecida, e o xerife do condado de Los Angeles, Robert Luna, disse no sábado que todas as possibilidades estão a ser consideradas.
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