Médio Oriente. Cinco mortos em novo ataque israelita contra Jenine

Pelo menos cinco pessoas morreram hoje, no segundo ataque aéreo israelita em 24 horas contra o campo de refugiados de Jenine, no norte da Cisjordânia ocupada, adiantou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.

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© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images

Lusa
15/01/2025 19:10 ‧ há 2 horas por Lusa

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"O Ministério da Saúde relata a chegada de cinco mártires ao hospital governamental de Jenine após um ataque aéreo israelita ao campo de refugiados de Jenine", referiu esta autoridade, num comunicado emitido na mesma altura em que foi anunciado um acordo de tréguas entre Israel e o Hamas, após mais de 15 meses de guerra.

 

O ataque de hoje é o segundo em menos de 24 horas, depois de Israel ter bombardeado na terça-feira uma casa neste campo de refugiados, onde se estima que vivam cerca de 11 mil pessoas, matando seis palestinianos e deixando vários outros feridos.

Os ataques das forças israelitas ao campo de refugiados de Jenine, um bastião de milícias pró-islâmicas, já eram uma ocorrência constante, mas intensificaram-se após os ataques do movimento islamita palestiniano Hamas a território israelita, em 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.

Israel diz que as suas operações têm como objetivo "eliminar terroristas".

Nas últimas semanas, no entanto, as forças israelitas têm-se mantido em grande parte fora dos combates entre militantes e forças da Autoridade Palestiniana, que eclodiram em meados de dezembro e ainda estão em curso.

A Autoridade Palestiniana acusa os militantes de utilizarem crianças e mulheres para transportar munições e explosivos ou para espiar as forças de segurança.

O cerco ao acampamento acontece em plenas negociações entre a Fatah, o partido que controla a Autoridade Palestiniana, e o Hamas para estabelecer um comité para gerir a Faixa de Gaza após a guerra, cujo fim poderá estar mais próximo após a finalização de um acordo de cessar-fogo com Israel.

Os analistas políticos temem que o cenário de Jenine se espalhe para outras partes da Cisjordânia ocupada, que já vive uma espiral de violência que provocou a morte de quase 500 palestinianos no território por fogo israelita durante 2024, a maioria deles militantes dos campos de refugiados, mas também civis, incluindo pelo menos 75 menores.

Fontes próximas das negociações indicaram às agências noticiosas France-Presse (AFP) e Associated Press (AP) que Israel e Hamas aceitaram hoje um acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza que prevê também a libertação de reféns.

Mesmo antes do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reagir à informação, o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu às redes sociais para chamar a si o sucesso das negociações, referindo que o Governo de Israel e o Hamas chegaram a um acordo sobre a libertação dos reféns israelitas, que será publicado "em breve".

Leia Também: Médio Oriente. Acordo de tréguas supõe libertação de 1.000 palestinianos

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