"Depois de longas e intensas negociações e depois da dor do genocídio que testemunhámos a partir da Venezuela, saudamos o acordo de cessar-fogo entre o movimento de resistência palestiniano Hamas e o governo israelita e dizemos que toda a humanidade se deve unir para garantir que ele seja cumprido e que se abram tempos de paz, reconstrução e justiça para o povo da Palestina e para os povos do mundo", disse.
Nicolás Maduro falava no Teatro Teresa Carreño, durante o ato de apresentação de memórias e contas correspondente a 2024, conhecido popularmente como Mensagem Anual à Nação.
"A Venezuela apoia, com um grande abraço de irmandade, os povos árabes e palestino, e busquemos o entendimento, o respeito pelo direito internacional, o respeito pela vida, e procuremos a paz no mundo", frisou.
Em 11 de janeiro, o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe (2002-2010) pediu uma intervenção internacional, apoiada pelas Nações Unidas, para afastar o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, do poder.
O pedido ocorreu um dia depois de Nicolás Maduro tomar posse para um novo mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados das últimas eleições presidenciais na Venezuela.
"Pedimos uma intervenção internacional, de preferência apoiada pelas Nações Unidas, para remover estes tiranos do poder e convocar imediatamente eleições livres", disse Álvaro Uribe num evento político em Cúcuta, nas proximidades da fronteira colombo-venezuelana, citado pela agência EFE.
Durante a sua intervenção, o ex-presidente da Colômbia apelou ainda às Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB) para que "cumpram as suas funções de acordo com a Constituição" venezuelana e "ajudem a desalojar a ditadura".
Horas depois, o Presidente Nicolás Maduro disse que a Venezuela está preparada para se defender, e instou Álvaro Uribe a liderar o ataque.
"a Venezuela tem--se preparado, juntamente com Cuba, com a Nicarágua, com os nossos irmãos mais velhos do mundo, para que, se um dia tivermos de pegar nas armas para defender o direito à paz, o direito à soberania e os direitos históricos da nossa pátria, possamos travar a batalha e voltar a ganhá-la", disse Maduro no encerramento do Festival Internacional Mundial Antifascista, durante o qual sublinhou que a Venezuela está preparada para "dar a batalha na luta armada e voltar a ganhar".
"Não nascemos no dia dos covardes ou dos pusilânimes. Não somos líderes tíbios. Somos a revolução bolivariana do século XXI. Que ninguém se equivoque sobre a Venezuela. Que ninguém se engane connosco. Se for a bem, a bem avançaremos. E se for a mal, os venceremos. Para que respeitem o nosso povo", disse.
Num discurso inflamado, Maduro, insistiu que "Álvaro Uribe Vélez, é um triste paramilitar e traficante de droga, assassino e criminoso".
"Hoje [sábado] a pedir a intervenção militar na Venezuela, covarde. Vem para a frente das tropas. Álvaro Uribe, espero por ti no campo de batalha, covarde, ruim, fascista, criminoso, narcotraficante. Mostra a cara, não mandes outros, criminoso. Abaixo Uribe, abaixo o fascismo e acima o povo", disse.
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