Hamas avisa que ataques em Gaza 'só' são "tragédia" para reféns

Durante a noite, e já com um acordo fechado, ataques israelitas fizeram 77 mortos em Gaza. Horas depois, Telavive recuou no acordo e, sem dar detalhes, acusou o Hamas de "extorsão" nos termos do documento. Ataques 'só' colocam reféns israelitas em perigo, avisa o braço armado do grupo islamita.

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© Amir Levy/Getty Images

Notícias ao Minuto
16/01/2025 16:17 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

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Médio Oriente

O braço armado do Hamas avisou, esta quinta-feira, que os ataques aéreos israelitas em Gaza só estão a colocar em perigo os reféns que o grupo islamita tem sob o seu controlo.

 

"Qualquer agressão e bombardeamento nesta fase por parte do inimigo pode transformar a liberdade de um prisioneiro numa tragédia", explicaram as Brigadas Ezzedine Al-Qassam, numa mensagem partilhada no Telegram.

Note-se que o aviso é deixado numa altura em que o Hamas e Israel estão numa situação indefinida.

Em causa está um acordo entre o grupo islamita e Telavive, e mediado por países como o Qatar ou o Egito. Na quarta-feira, foi anunciado que as duas partes tinham chegado a um acordo, e que este era definido por várias partes.

A primeira teria início já no próximo dia e consistiria, para além da ajuda de centenas de camiões humanitários em Gaza, diariamente, a libertação de reféns.

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Notícias ao Minuto com Lusa | 17:04 - 15/01/2025

Era esperado que 35 israelitas fossem libertados numa primeira fase, em troca de centenas de reféns feitos por Israel, alguns dos quais que condenados a penas de prisão perpétua - que estavam a ser cumpridas em Israel. Outros detalhes do acordo foram anunciados, e podem ser consultados aqui.

A ratificação por parte de Israel era esperado esta quinta-feira, mas o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, adiou a aprovação do cessar-fogo, culpando o Hamas. Numa nota, citada pela imprensa internacional, Telavive deu conta de que o grupo islamita tentou "extorquir concessões de última hora" e garantiu que não iria reunir no âmbito da assinatura do acordo até que "os mediadores notificassem Israel de que o Hamas aceitou todos os elementos do acordo".

Israel não detalhou, no entanto, a que as partes de que acusava o Hamas de renegar. Segundo residentes e autoridades na Faixa de Gaza, citados pela Reuters, após o acordo Israel não deixou de atacar o local, com pelo menos 77 pessoas a morreram vítimas de ataques aéreos durante a noite.

Leia Também: A festa, os reféns e "saudade de Gaza": Há acordo nesta guerra "brutal"?

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