Autoridades russas e ucranianas discutiram destino de desaparecidos

 A comissária para os Direitos Humanos russa, Tatiana Moskalkova, revelou hoje que discutiu com o seu homólogo ucraniano o destino dos civis desaparecidos na região russa de Kursk, que é parcialmente ocupada pela Ucrânia.

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Lusa
16/01/2025 22:28 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Kyiv afirma que existem cerca de 2.000 civis no território sob o seu controlo, enquanto Moscovo estima o número em menos de mil.

 

O encontro, relativamente raro, foi confirmado pelo comissário de direitos humanos da Ucrânia, Dmytro Loubinets.

No entanto, Kyiv interpretou-o de forma diferente, dizendo que se tratava sobretudo do regresso de prisioneiros de guerra, uma questão muito sensível na Ucrânia.

Loubinets não mencionou a região de Kursk, onde a Ucrânia diz ainda controlar centenas de quilómetros quadrados desde a sua ofensiva em agosto.

Mas disse que entre as questões discutidas estava o "regresso de civis" detidos e disse que as partes concordaram em continuar "a troca de informações sobre pessoas dadas como desaparecidas entre prisioneiros de guerra".

Tatiana Moskalkova explicou, por sua vez, que discutiram "a busca de residentes desaparecidos" na região de Kursk e que a reunião foi "um grande passo" no sentido da "implementação de ações conjuntas concretas".

Em novembro, 46 residentes da região de Kursk abandonaram a zona ocupada após negociações entre Kiev e Moscovo.

O governador russo da região, Alexander Khinchtein, acusou esta semana a Ucrânia de manter ali cidadãos russos.

Anteriormente, tinha dito que desde a ofensiva ucraniana em agosto, a polícia recebeu notificações de desaparecimento de 1.174 pessoas, 240 das quais já foram encontradas.

A ocupação ucraniana da região é embaraçosa para o Kremlin, que tenta mostrar que o conflito não tem impacto no quotidiano dos russos.

Em dezembro, o Presidente Vladimir Putin reconheceu que não sabia quando é que o seu exército seria capaz de repelir as tropas de Kiev.

O encontro entre Moskalkova e Loubinets, que envolveu delegações do Comité Internacional da Cruz Vermelha na Ucrânia, bem como na Rússia e na Bielorrússia, foi o primeiro do género, de acordo com as autoridades russas e ucranianas.

Este tipo de intercâmbio é um dos raros contactos entre os representantes de Moscovo e Kiev. As duas reuniões oficiais anteriores entre os dois funcionários tiveram lugar em novembro de 2024 e janeiro de 2023.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Leia Também: Cruz Vermelha falou sobre vítimas com autoridades russas e ucranianas

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