"A Comissão Europeia vai prestar um novo apoio humanitário aos sírios, tanto na Síria como nos países vizinhos, num montante de 235 milhões de euros para 2025. Na sequência do colapso do antigo governo de Damasco, a UE está a trabalhar a todos os níveis para impulsionar a prestação de ajuda humanitária, nomeadamente através do lançamento de voos da ponte aérea humanitária", indica a instituição em comunicado.
O novo financiamento da UE permitirá prestar assistência de emergência, nomeadamente para alimentos, ajuda médica, abrigo, acesso a água potável e educação, é explicado.
O anúncio surge no dia em que a comissária europeia responsável pela Preparação, Gestão de Crises e Igualdade, Hadja Lahbib, se desloca à capital da Síria, Damasco, para reafirmar o empenho da UE na prestação de assistência aos civis, naquela que é a primeira visita de um alto responsável europeu após a queda do regime sírio liderado por Bashar-Al-Assad.
De acordo com a informação de Bruxelas, Hadja Lahbib "está a reunir-se com representantes do governo de transição, bem como com parceiros da UE e organizações da sociedade civil síria, para debater os desafios e as necessidades humanitárias urgentes", ocasiões nas quais a responsável "defenderá o pleno respeito do direito internacional humanitário e o acesso sem entraves dos parceiros humanitários a toda a Síria".
Depois de Damasco, a comissária europeia prosseguirá depois a sua visita à região na Jordânia, onde se reunirá com as autoridades locais, responsáveis das agências das Nações Unidas e outros parceiros humanitários importantes.
Após quase 14 anos de guerra na Síria, grupos armados liderados pela Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS) - anteriormente afiliada ao grupo terrorista Al-Qaida - tomaram Damasco em 08 de dezembro e depuseram o Presidente Bashar al-Assad, que fugiu para a Rússia.
O novo líder de facto na Síria é Ahmed al-Charaa, que comanda o grupo HTS.
Nos últimos 13 anos, a UE e os seus Estados-membros -- os principais dadores ao nível mundial -- mobilizaram mais de 33,3 mil milhões de euros em ajuda humanitária, ao desenvolvimento, à economia e à estabilização da crise síria.
Estima-se que estes anos de conflito na Síria tenham levado à deslocação de cerca de metade da população, tanto dentro como fora do país, e que o número de pessoas que necessitam de assistência humanitária tenha chegado aos 16,7 milhões de pessoas em 2024, um máximo histórico desde o início da crise em 2011.
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