"O objetivo do pacote é proporcionar benefícios tangíveis para o povo angolano através de melhores empregos, melhor educação e crescimento económico sustentável, bem como continuar a desenvolver o Corredor do Lobito", lê-se no comunicado de imprensa que dá conta do pacote de assistência assinado entre o Presidente angolano, João Lourenço, e o Comissário Europeu para as Parcerias Internacionais, Jozef Síkela.
O pacote, que faz parte da estratégia Global Gateway da UE, centra-se na promoção de investimentos sustentáveis, na formação profissional e na conservação da biodiversidade, estando as iniciativas "alinhadas com o desenvolvimento do Corredor do Lobito, um projeto emblemático da UE para ajudar Angola a ligar os seus recursos e potencial aos mercados globais, criando oportunidades de diversificação económica e crescimento regional".
Citado no comunicado, o comissário Síkela afirma que a UE, com este pacote, está "não só a apoiar o desenvolvimento económico de Angola, mas também a ajudar o seu povo a desbloquear novas oportunidades" e salienta que "a melhoria da educação, o emprego de qualidade e o comércio sustentável estão no cerne da parceria, uma vez que são uma das condições importantes para desenvolver o projeto emblemático comum, o Corredor do Lobito".
As três componentes principais deste pacote de assistência são a promoção do comércio e do investimento em Angola, o apoio ao ensino técnico e à formação profissional e melhoria do património natural de Angola, diz a UE, salientando que o primeiro aspeto, que terá um investimento de 8,5 milhões de euros, "melhora o ambiente empresarial de Angola e reforça os seus quadros comerciais, contribuindo para a transição ecológica do país".
A maior fatia, no entanto, vai para o programa PROSPERA, de apoio ao ensino técnico e formação profissional, que receberá 43 milhões de euros para tentar minimizar "o fosso entre a procura de trabalhadores qualificados e a oferta nos setores económicos prioritários de Angola, como a agricultura, as energias renováveis e os transportes".
A governação e o ecoturismo, com uma ajuda de 25 milhões de euros, deverão ver melhorias "na restauração da biodiversidade e no posicionamento de Angola como um dos principais destinos de ecoturismo, promovendo a gestão sustentável das paisagens de conservação, reforçando a inclusão das comunidades locais nos esforços de biodiversidade e apoiando a mitigação e adaptação às alterações climáticas".
Estes três pilares estão ligados ao Corredor do Lobito, descrito pela UE como "um corredor económico crucial que liga Angola, a República Democrática do Congo e a Zâmbia aos mercados globais" e que, "ao facilitar o comércio de matérias-primas essenciais, promover a indústria local e criar emprego, amplifica o impacto dos investimentos da UE".
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