Uma equipa de arqueólogos descobriu um complexo de termas privadas construído há cerca de dois mil anos, na chamada Regio IX, uma área central de Pompeia que ainda está inexplorada, e onde grandes escavações estão a revelar detalhes da vida quotidiana dos cidadãos, antes de a cidade ser soterrada por cinzas e lava, no ano 70 d.C.
“Temos aqui talvez o maior complexo termal numa casa privada em Pompeia. Os membros da classe dominante de Pompeia criavam enormes espaços nas suas casas para acolher banquetes. Tinham a função de criar consensos, promover uma campanha eleitoral, fechar negócios. Era uma oportunidade de mostrar a riqueza em que viviam e também de ter um bom tratamento termal”, adiantou o diretor do parque arqueológico de Pompeia, Gabriel Zuchtriegel, citado pela Associated Press.
O responsável complementou que os habitantes abastados da cidade costumavam tomar banho e, depois, fazer um banquete, razão pela qual um complexo termal privado era conveniente.
“Há espaço para cerca de 30 pessoas que podiam fazer toda a rotina, o que também podia ser feito nos banhos públicos. Portanto, há o caldário [sala aquecida pela passagem de ar quente], um ambiente muito quente e também uma grande banheira com água fria”, disse.
Os arqueólogos descobriram, recentemente, uma padaria, uma lavandaria, duas moradias e as ossadas de três pessoas que morreram durante a erupção vulcânica do Monte Vesúvio, na mesma área.
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