A mensagem de Sheinbaum surge depois do republicano ter manifestado a intenção de encerrar a fronteira entre os dois países utilizando militares e de designar os cartéis mexicanos como terroristas.
Sheinbaum reuniu-se hoje com membros do seu gabinete no Palácio Nacional, após a tomada de posse de Trump.
Na sua conferência de imprensa diária, realizada antes da tomada de posse do norte-americano, Sheinbaum prometeu "não baixar a cabeça" a Trump, frisando que espera manter uma "relação de igual para igual" em questões como a migração, o comércio e a segurança.
Trump alertou que as deportações em massa terão início nos primeiros dias do seu mandato, o que afetaria particularmente o México, origem de quase metade dos 11 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos e cujas remessas representam quase 4% do produto interno bruto mexicano.
Também de manhã, o secretário dos Negócios Estrangeiros mexicano, Juan Ramón de la Fuente, anunciou o reforço da rede consular e lançou a 'ConsulApp', uma aplicação móvel para os mexicanos nos Estados Unidos que inclui um botão de alerta em caso de deportação que notifica o consulado mais próximo para o apoiar.
A secretária do Interior do México, Rosa Icela Rodriguez, apresentou, por sua vez, o programa 'O México abraça-te' para acolher compatriotas deportados.
Donald Trump foi hoje empossado como o 47.º Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio em Washington que marca o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.
A cerimónia em Washington foi marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com poucos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia, à exceção da primeira-ministra italiana, Georgia Meloni.
O político republicano inicia hoje um segundo mandato na presidência dos Estados Unidos, após a sua liderança na Casa Branca entre 2017 e 2021, após perder em 2020 a reeleição para o democrata Joe Biden, a quem sucede agora no cargo.
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