O ataque teve lugar na capital do Darfur do Norte, El-Facher, cercada há mais de seis meses pelas Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), em guerra com o exército regular desde abril de 2023.
As RSF usaram artilharia para atingir um mercado no campo de deslocados, disse um grupo de socorristas voluntários.
Em dezembro, segundo as agências da ONU, com base num relatório do sistema de classificação da segurança alimentar, a fome tinha-se instalado em três campos de deslocados no Darfur do Norte, afetando também os habitantes e as comunidades deslocadas nas montanhas de Nuba, na região do Cordofão do Sul.
A fome já tinha sido declarada em Zamzam, outro campo de deslocados em El-Facher, cidade de dois milhões de habitantes sitiada pelas RSF desde maio, assistiu a alguns dos piores combates da guerra, enquanto o exército luta para manter o seu último reduto na vasta região do Darfur.
Quase todo o Darfur está nas mãos das RSF, que também tomaram controlo de grandes áreas da região do Kordofan, a sul.
O exército regular continua a controlar o norte e o leste do país. A região de Cartum está dividida entre os dois campos.
A guerra no Sudão custou dezenas de milhares de vidas e desalojou mais de 12 milhões de pessoas, criando a pior crise de deslocações do mundo, segundo as Nações Unidas.
Quase 25 milhões de pessoas, cerca de metade da população do Sudão, deverão enfrentar elevados níveis de insegurança alimentar aguda até maio.
O exército e as RSF foram acusados de bombardeamento indiscriminado de civis e instalações médicas, bem como de ataques deliberados a zonas residenciais.
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