Novo balanço de seis mortos em operação de Israel na Cisjordânia

A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) elevou para seis mortos e 35 feridos o balanço de uma operação militar que Israel tinha hoje em curso no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.

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© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images

Lusa
21/01/2025 13:28 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O Ministério da Saúde da ANP admitiu que o número de vítimas poderá aumentar, noticiou a agência palestiniana WAFA.

 

O exército israelita anunciou que tinha lançado "uma operação antiterrorista em Jenin", sem dar mais pormenores, segundo a agência francesa AFP.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que a operação tem o nome de "Muro de Ferro".

"Sob a direção do gabinete político e de segurança, o exército, o Shin Bet [agência de segurança interna] e a polícia israelita lançaram hoje uma grande e importante operação militar para erradicar o terrorismo em Jenin", disse Netanyahu, citado pela agência espanhola EFE.

O ataque ocorre três dias após o início de um cessar-fogo em Gaza, que inclui uma troca semanal de reféns por prisioneiros palestinianos mantidos nas prisões israelitas.

Após a libertação dos primeiros prisioneiros, o exército de Israel aumentou a presença no território ocupado em sete companhias, alegando reforçar os "esforços antiterroristas".

O ministro das Finanças, o ultranacionalista Bezalel Smotrich, declarou em comunicado que a Cisjordânia vinha "depois de Gaza e do Líbano", no âmbito da campanha de Israel "para erradicar o terrorismo na região".

"Este é mais um passo para atingir o objetivo a que nos propusemos: reforçar a segurança na Judeia e Samaria [Cisjordânia]", afirmou.

Na sexta-feira, as forças da ANP concluíram uma operação de seis semanas contra as milícias islamitas em Jenin, de que resultaram vários mortos dos dois lados.

O Crescente Vermelho Palestiniano denunciou que o exército estava a bloquear a passagem das ambulâncias, limitando o acesso aos feridos no campo.

Até ao momento, os serviços de emergência confirmaram ter transferido apenas dois dos mortos registados.

O diretor do Hospital do Governo, Wissam Bakr, disse à WAFA que a rapidez com que os ataques se estavam a desenvolver tornava impossível ter um número exato do número de vítimas, que estava em constante evolução.

Imagens de Jenin mostravam dezenas de veículos do exército a entrar no campo de refugiados, numa operação que envolveu também aviões de guerra e helicópteros, de acordo com a WAFA.

A Cisjordânia ocupada tem estado a viver a maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005), segundo a EFE.

Pelo menos 491 palestinianos foram mortos por fogo israelita no território em 2024, na maioria milicianos dos campos de refugiados, mas também civis, incluindo 75 menores.

Até agora, em 2025, pelo menos 26 palestinianos já foram mortos em ataques israelitas, cinco dos quais menores, acrescentou a EFE.

Leia Também: Dois mortos e 35 feridos em operação israelita na Cisjordânia

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