As autoridades militares israelitas referiram que a "investigação preliminar" sobre o incidente determinou que "dezenas de cidadãos israelitas, alguns deles mascarados", participaram nos ataques, nos quais foram incendiadas propriedades palestinianas.
"Depois de receberem a informação, as Forças de Defesa de Israel e a polícia deslocaram-se ao local. Estes cidadãos atiraram pedras e atacaram as forças de segurança", afirmou o Exército, em comunicado.
O chefe do Comando Central do Exército israelita, Avi Balut, salientou que "qualquer perturbação violenta da ordem prejudica a segurança", assegurando que as suas forças não o permitirão.
No entanto, o Exército israelita não comentou o tiroteio levado a cabo por um polícia durante os ataques, que deixou dois colonos gravemente feridos.
Por sua vez, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, condenou estes ataques e insistiu que "as autoridades de segurança devem aplicar a lei e prender e processar qualquer pessoa que viole a lei".
Nesse sentido, Katz apelou aos líderes dos colonos para que "condenem qualquer violência deste tipo" e alertou para a crescente ameaça aos colonatos.
"Estamos empenhados, e o Exército está empenhado, em conformidade com as minhas orientações, a agir com força para proteger todos os colonos e todos os colonatos do terrorismo palestiniano e a agir com grande força para prevenir o terrorismo", concluiu o ministro da Defesa israelita.
O Governo palestiniano denunciou que os ataques, realizados contra Al Funduq e Jinsafut, resultaram em 21 feridos, enquanto Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, condenou veementemente os acontecimentos.
Abu Rudeina denunciou que estes crimes cometidos por "milícias terroristas formadas por colonos e pelo exército de ocupação" fazem "parte da agressão do Estado ocupante israelita contra o povo palestiniano".
"O Governo de extrema-direita israelita está a tentar arrastar a Cisjordânia para uma guerra silenciosa e extensa, com o objetivo de criar um clima de violência e tensão", disse Rudeina, antes de criticar a decisão do novo Presidente dos EUA, Donald Trump, contra os colonos israelitas, algo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina já tinha feito anteriormente.
Rudeina pediu a Trump para intervir perante estes crimes, alegando que essa será a "única forma de alcançar a segurança e a estabilidade".
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