Trump demite primeira mulher a chefiar um ramo do exército dos EUA

A administração do novo presidente norte-americano Donald Trump demitiu hoje a almirante Linda Fagan, comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos e a primeira mulher chefe de um ramo das Forças Armadas.

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© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
21/01/2025 19:56 ‧ há 7 horas por Lusa

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"[Linda Fagan] teve uma longa e ilustre carreira e agradeço-lhe o serviço prestado à nossa nação", disse hoje Benjamine Huffman, secretário interino do Departamento de Segurança Interna (DHS), ao qual este ramo das forças armadas americanas está subordinado.

 

Huffman não detalhou as razões da demissão da almirante, mas um alto funcionário do departamento avançou, sob condição de anonimato, que Fagan foi removida do seu posto "devido às suas deficiências de liderança, falhas operacionais e incapacidade de fazer avançar os objetivos estratégicos da Guarda Costeira".

De acordo com o mesmo funcionário, a almirante não conseguiu gerir as ameaças à segurança das fronteiras dos Estados Unidos e "atribuiu demasiada importância" às iniciativas de diversidade e inclusão nas forças armadas.

A fonte lamentou ainda a "erosão da confiança" na Guarda Costeira, resultante da forma como Fagan abordou uma investigação sobre acusações de agressão sexual.

Trump e vários republicanos têm vindo a opor-se aos programas governamentais para a promoção da diversidade, e fazem agora da segurança das fronteiras norte-americana uma prioridade da nova administração.

Na segunda-feira, no seu primeiro dia como presidente, Donald Trump declarou uma emergência nacional na fronteira entre os Estados Unidos e o México.

Linda Fagan chefiava a Guarda Costeira desde junho de 2022 e, segundo uma versão da sua biografia, agora indisponível no 'site' deste ramo do exército, "serviu nos sete continentes, desde o gelo da ilha de Ross, na Antártida, até ao coração de África, de Tóquio a Genebra, passando por numerosos portos".

Pete Hegseth, designado por Trump para secretário da Defesa, afirmou na semana passada que "todos os oficiais superiores serão avaliados com base no mérito e no seu empenho em respeitar as ordens que se enquadram no quadro legal", indicando possíveis novos despedimentos.

Durante a audição perante o Senado norte-americano que antecedeu a sua nomeação, o veterano e ex-apresentador da Fox News foi questionado pelos senadores relativamente à sua oposição - expressa no passado - à presença de mulheres nas unidades de combate.

Pete Hegseth defendeu-se e disse que "respeita todas as mulheres militares que vestiram o uniforme".

Leia Também: Guterres espera que Trump reconsidere decisão de retirar EUA da OMS

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