Israel vai permitir que milicianos feridos do Hamas saiam para tratamento

Israel vai permitir que cerca de 50 milicianos do Hamas feridos na Faixa de Gaza saiam diariamente para o Egito por razões médicas, como parte do acordo de cessar-fogo, noticia hoje o jornal israelita Haaretz.

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© Lisi Niesner/Reuters

Lusa
22/01/2025 11:45 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Segundo uma investigação publicada hoje pelo meio de comunicação liberal, o governo israelita aprovou que, a partir da segunda semana do acordo e até ao final da primeira fase de 42 dias, "os membros feridos do Hamas serão autorizados a viajar para o Egito para receber tratamento médico, acompanhados por um máximo de três pessoas que não precisam de ser familiares".

 

"Nos termos do acordo, o serviço de segurança [nacional], Shin Bet, manterá o poder de veto sobre a identidade dos membros do Hamas que deverão ser tratados no Egito, bem como sobre os seus acompanhantes", refere o relatório.

Os membros feridos do Hamas entrarão no Egito através da fronteira de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que se encontra encerrado desde o início de maio, quando Israel se apoderou militarmente do posto fronteiriço na sequência da invasão terrestre do sul de Gaza.

Na quarta-feira, o diário árabe Asharq al-Awsat noticiou que será a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), sob o comando do Presidente Mahmoud Abbas, a controlar a passagem de Rafah após a guerra, mas o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, negou a informação e disse que a "gestão técnica" já está a ser efetuada por habitantes de Gaza "não filiados no Hamas".

"As tropas continuam a cercar a passagem [de Rafah] e ninguém passa por ela sem controlo prévio, supervisão e aprovação do exército e do Shin Bet", recorda o comunicado, acrescentando que o controlo dos trabalhadores palestinianos na zona será efetuado por uma força de vigilância das fronteiras da União Europeia (UE).

"A única intervenção prática da Autoridade Nacional Palestiniana [no posto fronteiriço] é o carimbo de registo nos passaportes, que, segundo o acordo internacional existente, é a única forma de permitir que os habitantes de Gaza deixem a Faixa de Gaza", acrescenta. 

Terça-feira, o chefe do Estado-Maior de Israel reivindicou que as suas forças mataram cerca de 20 mil elementos do Hamas durante a guerra de 15 meses na Faixa de Gaza contra o grupo islamita palestiniano.

"A ala militar do Hamas foi seriamente afetada. A maioria da liderança da organização foi morta", declarou o general Herzi Halevi num discurso televisivo, horas depois de ter anunciado que iria abandonar o cargo no início de março.

O comandante das Forças de Defesa de Israel (FDI) justificou a demissão com as falhas de segurança que permitiram o ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023 em solo israelita, que provocou o atual conflito.

Halevi disse que cessará funções em 06 de março, quando concluir as investigações sobre o ataque do grupo extremista palestiniano contra Israel, que desencadeou uma guerra de 15 meses, interrompida no domingo por um acordo de cessar-fogo.

Na primeira fase de 42 dias, o acordo prevê a troca de reféns detidos na Faixa de Gaza por palestinianos presos em Israel.

O conflito em curso foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou cerca de 47 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: Hamas saúda "heróica operação de esfaqueamento" em Telavive

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