Putin "espera" telefonema de Trump 'para' acabar com guerra na Ucrânia

O Kremlin explicou que está à espera de um "sinal", nomeadamente, de um telefonema de Washington para falar sobre o fim da guerra na Ucrânia. "Putin está pronto" para 'atender', diz o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

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© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
24/01/2025 15:39 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está pronto para conversar com o seu homólogo Donald Trump, depois de este último ter dito que queria acabar com a guerra na Ucrânia.

 

A informação foi confirmada esta sexta-feira pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que, em conferência de imprensa, adiantou que estava à espera do telefonema de Trump, que assumiu a presidência dos Estados Unidos esta semana.

"Putin está pronto. Estamos à espera de um sinal (de Washingont]. Todos estão prontos. Assim que houver alguma coisa, se é que vai haver, vamos informar-vos", explicou Peskov.

Putin espera telefonema, mas preferia encontrar-se com Trump

Já durante uma entrevista à televisão estatal russa, esta sexta-feira, foi o próprio presidente da Rússia quem manifestou a vontade não só de falar com Trump, como de se encontrar com ele.

"Seria bom se nos encontrássemos, tendo em conta a realidade atual, e discutíssemos calmamente todas as questões que são do interesse tanto dos Estados Unidos como da Rússia", começou por referir.

Putin acrescentou que Moscovo tomou nota da disponibilidade de Trump para "trabalhar em conjunto" e está aberta a esse cenário, reconhecendo que a Rússia pode ter "muitos pontos de acordo" com o novo governo norte-americano.

"Em geral, é claro, podemos ter muitos pontos de acordo com a administração atual, procurando soluções para questões-chave atuais. Estas são questões de estabilidade estratégica e económicas", disse Putin.

Putin - que disse ter relações de confiança com o novo presidente dos EUA - insistiu estar aberto ao diálogo sobre a Ucrânia, mas reiterou que Kyiv tem um decreto que inibe o começo dessas negociações com a Rússia.

"Acredito que aqueles que pagam dinheiro ]para armar a Ucrânia] devem ser forçados a fazê-lo [negociar com Moscovo]", acrescentou Putin.

Na mesma conferência de imprensa Peskov deu conta de que Moscovo queria cortar o uso de armas nucleares, mas disse que não era uma conversa tão 'fácil' assim. "Já falámos sobre esse interesse antes, por isso a bola está do lado dos EUA, que pararam todos os contatos substantivos com o nosso país", explicou o porta-voz do Kremlin.

As declarações surgem depois de Trump dizer, na quinta-feira:  "Gostaríamos de ver a desnuclearização [...] e digo-vos que o presidente Putin gostou muito da ideia de reduzir o nuclear. E penso que teríamos conseguido que o resto do mundo o seguisse, e a China também".

[Notícia atualizada às 16h08]

Leia Também: Kyiv anuncia repatriamento de corpos de 757 soldados ucranianos mortos

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