A alta representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, afirmou hoje que a autoproclamação de Lukashenko como presidente da Bielorrússia após as eleições de domingo será uma afronta à democracia" sem legitimidade.
Alexander "Lukashenko manteve-se no poder durante 30 anos. Amanhã [domingo] irá proclamar-se novamente em mais uma farsa eleitoral. Isto constitui uma afronta flagrante à democracia. Lukashenko não tem legitimidade", escreveu a chefe da diplomacia europeia, numa mensagem nas redes sociais.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, enviou também esta manhã uma mensagem ao povo bielorrusso para pedir que se mantenha forte nas eleições presidenciais de domingo, sublinhando ao mesmo tempo o apoio da UE e que "a ditadura acabará".
Lukashenko has clung to power for 30 years.
— Kaja Kallas (@kajakallas) January 25, 2025
Tomorrow, he’ll reappoint himself in yet another sham election.
This is a blatant affront to democracy.
Lukashenko doesn’t have any legitimacy.
Tomorrow’s election in Belarus is a sham.
— Roberta Metsola (@EP_President) January 25, 2025
My message to the people of Belarus is: keep strong, we have your back, the time of dictatorship will be over.
Democracy will prevail.
Numa resolução adotada na quarta-feira, os eurodeputados apelaram à UE, aos seus Estados-membros e à comunidade internacional para não reconhecerem a legitimidade daquele que é considerado o último ditador da Europa, Alexander Lukashenko, após a votação de 26 de janeiro.
Dois dias depois, a Comissão Europeia (CE) afirmou que as eleições presidenciais são "antidemocráticas" e uma "farsa".
O líder da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, concorre a um sétimo mandato presidencial nas eleições de domingo, já contestadas pela oposição e pela comunidade internacional.
Cerca de sete milhões de bielorrussos começaram a votar, de forma antecipada, na terça-feira, uma manobra que a oposição denuncia como sendo uma forma de praticar fraude eleitoral.
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