Israel cortou todos os laços com esta agência da ONU e ordenou a suspensão dos seus trabalhos, depois de ter denunciado a infiltração generalizada de membros do movimento islamita Hamas na equipa da UNRWA.
Em meados de abril do ano passado, uma investigação externa liderada pela ex-ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, rejeitou a versão das autoridades israelitas da existência de provas sobre as alegadas ligações terroristas atribuídas a vários funcionários.
"O Estado de Israel é signatário sem reservas da Convenção Geral sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas e incorporou as suas disposições na sua legislação nacional", disse hoje a UNRWA, em comunicado.
"Estas disposições obrigam o Estado de Israel a respeitar os privilégios e imunidades das Nações Unidas, incluindo o respeito pelas suas instalações", acrescenta a UNRWA, que recorda que as suas propriedades e bens são "imunes a buscas, apreensões, confiscos, expropriações ou qualquer outra forma de interferência".
A UNRWA alega ainda que os motivos da decisão de Israel são infundados, promovem uma retórica que coloca em risco os trabalhadores da agência e não passam de uma desculpa para expandir os seus colonatos ilegais no bairro predominantemente negro de Sheikh Jarrah, onde a agência tem a sua sede.
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