"Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece. É por isso que fiz recuar os aviões militares norte-americanos com migrantes colombianos", escreveu Gustavo Petro na rede social X.
O chefe de Estado colombiano, crítico do seu homólogo norte-americano, Donald Trump, não referiu quantos voos dos Estados Unidos estão programados para aterrar na Colômbia, nem quantos migrantes deportados transportam.
"Não posso obrigar os migrantes a permanecer num país que não os quer, mas, se esse país os enviar de volta, deve ser feito com dignidade e respeito por eles e pelo nosso país. Vamos receber os nossos cidadãos em aviões civis, sem os tratar como criminosos", declarou Petro.
Desde a tomada de posse de Donald Trump, na passada segunda-feira, os Estados Unidos ainda não deportaram colombianos, mas já o fizeram com guatemaltecos e brasileiros.
No sábado, Brasília exigiu explicações a Washington sobre o "tratamento degradante" dos imigrantes ligais brasileiros durante a sua deportação pelos Estados Unidos num voo que aterrou na noite de sexta-feira em Manaus (norte do Brasil).
De acordo com o Governo brasileiro, estavam 88 pessoas a bordo do avião, que foram algemadas durante a viagem.
Num comunicado, o Ministério da Justiça do Brasil ordenou às autoridades norte-americanas que retirassem "imediatamente as algemas" quando o avião que transportava os deportados aterrou, denunciando o "flagrante desrespeito pelos direitos fundamentais" dos seus cidadãos.
O ministério recordou que a dignidade da pessoa humana é um princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, dizendo que Brasília não está disponível para abdicar destes valores.
O avião tinha como destino final a cidade de Belo Horizonte, mas teve um problema técnico e teve de pernoitar em Manaus, inicialmente prevista como escala.
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