Trump transmitiu a Modi a "importância" de a Índia "aumentar a sua compra de equipamento de segurança fabricado nos EUA e avançar para uma relação comercial bilateral justa", de acordo com um comunicado da Casa Branca.
Durante a conversa, Trump e Modi abordaram outras questões, como a segurança no Indo-Pacífico, destacando a sua parceria no âmbito do Diálogo de Segurança Quadrilateral (Quad), um fórum que os dois países partilham com a Austrália e o Japão.
A Índia, aliás, acolherá a cimeira de líderes do Quad este ano, cujos pormenores ainda não são conhecidos.
Os dois líderes também discutiram os planos de Modi para visitar a Casa Branca em breve, o que, segundo Washington, "sublinha a força da amizade e dos laços estratégicos entre as duas nações".
O governo indiano, que comunicou o telefonema antes da Casa Branca, referiu que Modi transmitiu a Trump o seu empenhamento numa "parceria de confiança e benefício mútuo" entre os dois países.
A Índia, que disputa com a China a hegemonia no Indo-Pacífico, é uma das potências emergentes fundadoras do grupo BRICS, que Trump ameaçou aumentar os direitos aduaneiros sobre as suas exportações para os Estados Unidos.
Este diálogo surge no mesmo dia em que o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, apelou ao entendimento com a Índia, durante um encontro com o homólogo indiano, Vikram Misri, após anos marcados por disputas fronteiriças.
As relações entre a China e a Índia, as duas maiores potências asiáticas, deterioraram-se gravemente depois de 2020, quando um destacamento militar chinês provocou uma resposta indiana que degenerou num confronto fronteiriço no território de Ladakh - um território dos Himalaias reivindicado pela China - em que 20 soldados indianos foram mortos e 76 outros ficaram feridos, para além de um número oficial de quatro soldados chineses mortos.
Desde então, as potências aumentaram a presença militar na zona, agravando a hostilidade.
Os gigantes asiáticos mantêm uma disputa histórica por algumas regiões dos Himalaias, como Aksai Chin, administrado pela China e reivindicado pela Índia, e várias partes do estado indiano de Arunachal Pradesh, onde a situação é inversa.
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